capitulo


Pontes de betão armado e de betão armado pré-esforçado

Nesta secção apresentam-se as fichas de síntese das intervenções realizadas em 19 pontes de betão armado e de betão armado pré-esforçado.

As obras são apresentadas em sequência pela data da sua construção.

A intervenção na Ponte da Chaminé sobre a Ribeira de Mora, ponte em arco datada de 1934, teve como objectivo principal o alargamento do tabuleiro de 6,75m para 10,5m, para eliminar gravosas restrições de tráfego. O alargamento foi concretizado com a introdução de consolas simétricas em ambos os lados do tabuleiro.

A intervenção no Viaduto Duarte Pacheco, construído em 1944, teve como objectivo principal a reparação da estrutura deteriorada pelo efeito das reacções expansivas no interior do betão e corrosão das armaduras. Esta intervenção incluiu ainda o reforço das vigas laterais dos viadutos entre arcos, com laminados de fibra de carbono.

A intervenção na Ponte dos Arcos sobre o Rio Sado, ponte em arco de tabuleiro inferior datada de 1944, teve como objectivo principal o reforço da estrutura para a acção sísmica, concretizado pela introdução de um sistema de isolamento de base entre o tabuleiro e os pilares e encontros, substituindo os apoios existentes por aparelhos do tipo HDRB.

A intervenção na Ponte da Foz do Rio Sousa, ponte em arco datada de 1952, teve como objectivo principal a reabilitação geral da estrutura, que sujeita a um ambiente agressivo apresentava numerosas regiões com corrosão de armaduras. As juntas de dilatação muito deterioradas foram também substituídas.

A intervenção na Ponte sobre o Rio Cávado na albufeira da Caniçada, ponte em laje vigada continua datada de 1954, teve como principal objectivo a reparação de fendas na estrutura do tabuleiro e nas rótulas de betão armado que constituem os apoios. Foi introduzido pré-esforço longitudinal no tabuleiro, encamisamento com chapas de inox nas rótulas de betão e reforço local no tabuleiro com laminados de fibra de carbono.

A intervenção nas Pontes sobre o Vale de Santo Estevão, pontes em laje continua do tipo Gerber datadas de 1959, teve como principal objectivo o reforço dos encontros de betão simples que apresentavam expressivas fendas e a protecção das fundações (por estacas) que apresentavam infraescavações significativas.

A intervenção no Viaduto do Trancão com tabuleiro do tripo Gerber apoiado em arcos múltiplos poligonais, obra datada de 1959, teve como objectivo principal o reforço sísmico do viaduto. A solução adoptada foi a de isolamento e amortecimento na base dos arcos, tendo-se cortado a ligação articulada na base dos arcos e estabelecida a continuidade axial do tabuleiro.

A intervenção no viaduto de Alhandra, viaduto em laje vigada com vigas pré-fabricadas datado de 1961, teve como objectivo, para além da reabilitação geral, o reforço sísmico da ponte. Este reforço na direcção longitudinal foi concretizado com a implementação de continuidade axial do tabuleiro e introdução de amortecedores viscosos entre o tabuleiro e uma nova estrutura metálica executada junto ao encontro Norte.

A intervenção na Ponte da Arrábida, ponte em arco datada de 1963, teve como objectivo a reabilitação geral da estrutura, destacando-se a reparação local de zonas com corrosão de armaduras originada pela penetração de cloretos do ambiente marítimo em que se insere a ponte, e a protecção geral das superfícies de betão.

A intervenção na Ponte da Varela, ponte em laje vigada com vigas pré-fabricadas datada de 1964, teve como objectivo principal o alargamento do tabuleiro de 9,0m para 12,5m, concretizado com a introdução de novas vigas pré-fabricadas, uma de cada lado do tabuleiro existente, apoiadas em consolas fixadas aos pilares-parede da ponte. A ponte foi também reforçada para a acção sísmica através da introdução de amortecedores viscosos colocados entre o tabuleiro e os encontros, que foram também objecto de alargamento.

A intervenção na ponte Cais III no estaleiro da Lisnave na Margueira, obra realizada em 1973 com um tabuleiro construído com vigas I pós-tensiondas pré-fabricadas e uma laje também pré-esforçada, apoiada em caixões multicelulares de betão armado, teve como objectivo substituir o tabuleiro devido à deterioração profunda da estrutura. O tabuleiro foi cortado com disco e fio adiamantado e removido com apoio de grua montada sobre barcaça. O novo tabuleiro foi realizado com vigas mais robustas e a laje foi betonada no local. Os caixões foram reabilitados.

A intervenção no Viaduto do Fonte Nova, obra datada de 1974, teve como objectivo a intervenção de reforço sísmico, que consistiu na introdução de continuidade axial do tabuleiro e seu isolamento em relação aos pilares e encontros. O tabuleiro era constituído por tramos simplesmente apoiados em pórticos transversais, constituídos por uma travessa e pilares em forma de H na direcção longitudinal.

A intervenção na Ponte São João das Areias, obra datada de 1978, refere-se à introdução de novas infra-estruturas (pilares e fundações) por se ter verificado que o embasamento dos pilares apresentava reacções expansivas no betão que produziram fendilhação severa, a qual poderia pôr em causa a segurança estrutural da ponte. A solução adoptada consistiu na introdução de 6 estacas de 1,2m de diâmetro para os pilares localizados na Albufeira da Aguieira, ligados aos pilares existentes com um maciço de betão pré-esforçado, realizado ao nível máxima de cheia da albufeira.

A intervenção na Ponte de Vila Nova de Milfontes com o tabuleiro em laje vigada em caixão sobre os pilares, interligada por tramos simplesmente apoiados, ponte datada de 1980, teve como objectivo, para além da reabilitação geral, a melhoria do comportamento para a acção sísmica. A intervenção consistiu na introdução de um sistema de amortecimento e controlo dos movimentos horizontais dos tramos independentes da ponte.

A intervenção na Ponte da Figueira da Foz (Ponte Edgar Cardoso), que inclui uma ponte de tirantes e dois viadutos de acesso construídos em 1982, teve como objectivo principal a reabilitação geral da estrutura que apresentava um nível de deterioração significativo. Nos viadutos foi introduzido pré-esforço exterior e um sistema de dissipação com amortecedores viscosos interpostos entre o tabuleiro e os encontros.

A intervenção na ponte cais da Silopor na Trafaria, obra datada de 1982, teve como objectivo reparar a estrutura em relação a danos de corrosão de armaduras devido à penetração de cloretos. A opção de intervenção consistiu no encamisamento total das vigas do cais com um betão auto-compactável de elevado desempenho complementado com uma pintura impermeável de base epoxídica nas zonas que ficam submersas na preia-mar. Foram também substituídos os passadiços de ligação da Ponte Cais aos Duques d’Alba, do tipo viga I as quais apresentavam corrosão dos cabos de pré-esforço.

A intervenção no viaduto A da Baixa do Mondego com tabuleiro em laje vigada pré-esforçada, obra datada de 1981, teve como principal objectivo o alargamento do tabuleiro de 30,29m para 42,1m, o que foi concretizado com a introdução de 2 novas vigas de um dos lados e 1 viga do outro lado. As novas vigas pré-fabricadas pré-esforçadas apoiam no prolongamento das travessas existentes para o que foram também realizados novos pilares. Foi ainda introduzido um sistema de aparelhos amortecedores viscosos entre o tabuleiro e encontros para reforço sísmico.

A intervenção no viaduto E e estacadas da Baixa do Mondego, obra datada de 1981, teve como objectivo principal a protecção superficial da estrutura de betão afectada por reacções expansivas no interior do betão, causadoras de fendilhação no tabuleiro e pilares. Esta intervenção incluiu o encamisamento de alguns pilares das estacadas com mantas de fibra de carbono, a protecção superficial do betão e a reabilitação geral dos apoios do viaduto E.

A intervenção nos pilares 1 a 14 do Viaduto Sul da Ponte Vasco da Gama, viaduto com laje vigada concluído em 1998, teve como objectivo a protecção preventiva dos pilares estacas por se ter verificado que os recobrimentos de alguns pilares não satisfaziam os valores especificados no projecto. Os pilares foram assim protegidos na zona de maré com uma barreira constituída por uma argamassa epoxídica injectada no interior de uma camisa de fibra de vidro que envolve a totalidade da secção dos pilares, garantindo-se assim a durabilidade pretendida para a estrutura.

Em todas estas intervenções foi realizada uma inspecção detalhada, uma avaliação das condições de segurança e um projecto de reabilitação geral das pontes que incluiu a reparação de anomalias e intervenções preventivas conducentes a uma durabilidade adequada das pontes e garantia dos níveis de segurança actuais, para além dos aspectos específicos atrás referidos. Em quase todas as pontes foi introduzida uma impermeabilização do tabuleiro e repavimentação, substituição das juntas de dilatação e protecção superficial das superfícies de betão e dos elementos metálicos.
Fichas e Artigos

Reabilitação e Alargamento do Tabuleiro na Ponte da Chaminé sobre a Ribeira da Raia na EN2

Trabalho “ Reabilitação e alargamento do tabuleiro da Ponte da Chaminé”, não publicado
Artigo
Ficha

Reabilitação do Viaduto Duarte Pacheco sobre o Vale de Alcântara no IC15

Artigo “Reabilitação do Viaduto Duarte Pacheco” , Engenharia e Vida nº7, 2004
Artigo
Ficha

Reabilitação da Ponte dos Arcos sobre o Rio Sado em Alvalade na EN261

Trabalho “ Reabilitação da Ponte dos Arcos” , preparado com base no artigo “ Reforço sísmico de pontes – soluções alternativas e exemplos de aplicação”, 7º Congresso de Sismologia e Engenharia Sísmica, 2007
Artigo
Ficha

Reabilitação da Ponte da Foz do Sousa na EN108

Artigo “ Ponte sobre a Foz do Rio Sousa na EN108”, 1º congresso ASCP, 2009
Artigo
Ficha

Reabilitação da Ponte sobre o Rio Cávado na EN 304

Artigo “ Ponte sobre o Rio Cávado EN 304 – km 76+626” Encontro BE 2008
Artigo “ Ponte sobre o Rio Cávado EN 304 – km 76+626 – Inspeção, reabilitação e reforço”, 1º Congresso ASCP, 2009
Artigo
Ficha

Reabilitação das Pontes sobre o Vale de Santo Estevão na EN119

Trabalho “ Reabilitação das pontes no Vale de Santo Estevão”, não publicado
Artigo
Ficha

Reabilitação do Viaduto sobre o Rio Trancão na A1

Artigo “ Reabilitação do Viaduto sobre o Rio Trancão”,2º Congresso ASCP, 2011
Artigo
Ficha

Reabilitação do Viaduto de Alhandra na A1

Artigo “ Reabilitação do Viaduto de Alhandra na A1”, Encontro BE 2004
Artigo
Ficha

Reabilitação da Ponte da Arrábida sobre o Rio Douro na EN1/IC1

Capitulo do livro “ Ponte da Arrábida – 50 anos da inauguração da ponte”, FEUP 2013
Artigo
Ficha

Reabilitação e Alargamento do Tabuleiro da Ponte da Varela na Ria de Aveiro na EN109-5

Artigo “ Ponte da Varela – alargamento, reabilitação e reforço da obra de arte” 2º Congresso ASCP 20112
Artigo
Ficha

Reforço Sísmico do Viaduto da Fonte Nova na 2ª Circular em Lisboao

Artigo “ Reforço sísmico do viaduto da Fonte Nova na 2ª circular em Lisboa”, Encontro BE 2018
Artigo
Ficha

Reabilitação e Substituição do Tabuleiro da Ponte Cais 3 da Lisnave na Mitrena

Artigo “ Reabilitação de uma ponte cais com tabuleiro pré-esforçado”, Encontro Luso- Brasileiro de Degradação de Estruturas de Betão, 2016
Artigo
Ficha

Reabilitação da Ponte de Vila Nova de Milfontes sobre o Rio Mira na ER393

Artigo “ Ponte de Vila Nova de Milfontes – reabilitação e reforço da obra de arte”, 2º Congresso ASCP, 2011
Artigo
Ficha

Reforço das Infra-estruturas da Ponte São João das Areias sobre o Rio Mondego na EN234-6

Trabalho “ Reforço das Inra-estruturas da ponte São João de Areias”, realizado com base na apresentação ao Encontro Luso- Brasileiro de Degradação de Estruturas de Betão, 2016
Artigo
Ficha

Reabilitação dos Viadutos de Acesso à Ponte da Figueira da Foz sobre o Rio Mondego na EN109

Artigo “ Inspeção e reabilitação da Ponte da Figueira da foz e dos Viadutos de acesso”, Repar 2000
Artigo “ Rehabilitation of the Figueira da foz Bridge” Congresso Internacional IABMAS, 2006
Artigo
Ficha

Reabilitação e Alargamento do Tabuleiro do Viaduto A da Baixa do Mondego na A1

Artigo “ Alargamento e reabilitação do Viaduto V276(A) da Baixa do Mondego – A1 – Sublanço Coimbra Sul/ Coimbra Norte
Artigo
Ficha

Reabilitação do Viaduto E e Estacadas da Baixa do Mondego na A1

Trabalho “ Reabilitação do Viaduto E e Estacadas da Baixa do Mondego – A1 Auto-Estrada do Norte”, não publicado
Artigo
Ficha

Reabilitação da Ponte Cais da Silopor na Trafaria

Artigo “The use of self compacting in the rehabilitation of a jetty in Trafaria”, Seminário Degradação de Estruturas por RAS, RSI, 2001
Artigo
Ficha

Reparação dos Pilares/Estacas do Viaduto Sul da Ponte Vasco da Gama sobre o Rio Tejo na A12

Ficha

Localização de Pontes Reabilitadas