Nesta secção apresentam-se fichas de síntese das intervenções realizadas em 8 pontes com tabuleiro metálico. As fichas são apresentadas por data de construção, que vai de 1876 a 1978.

A intervenção na ponte rodo-ferroviária sobre o Rio Lima em Viana do Castelo (Ponte Eiffel) que se apresenta nesta secção correspondeu à reabilitação e reforço das infraestruturas da ponte - apoios, pilares e encontros. Verificavam-se anomalias nos balanceiros dos apoios móveis, diversos danos nas cantarias e nos sistemas de cintagem e reforço de pilares. Os pilares que apresentavam maiores aberturas nas juntas de cantaria eram os que estavam fundados nos aluviões, indiciando assentamento da fundação. Importa também referir que após 1876 as sobrecargas ferroviárias sofreram um aumento significativo. Foram assim reforçados os pilares P1 a P3 e P5 com microestacas, foram substituídos os balanceiros por novos apoios de elastómero com sistema de deslizamento com chapas de Teflon e aço inox e substituídos os elementos metálicos de cintagem que apresentavam avançada corrosão. Todas as armaduras adoptadas nas cintas e maciços de amarração das microestacas foram de aço inox. Esta ponte data de 1876.

A intervenção na ponte ferroviária sobre o Rio Soure no Ramal de Alfarelos teve como objectivo aumentar a capacidade de carga do tabuleiro para as novas sobrecargas ferroviárias. A verificação da segurança para essas sobrecargas identificou a natural necessidade de reforço da estrutura, o que foi concretizado com a aplicação de pré-esforço exterior e reforço ou substituição de algumas barras, mantendo-se a ligação rebitada entre perfis e chapas. Esta ponte data de 1887.

A intervenção na ponte ferroviária Zêzere I teve como objectivo dotar a infra-estrutura da ponte da capacidade de carga, em particular para a acção da frenagem. Tal objectivo implicou a substituição dos aparelhos de apoio fixos por novos apoios em aço inox e o reforço do respectivo pilar com uma lâmina de betão branco pigmentado, fixada à alvenaria com armaduras de pregagem. Incluiu-se ainda a reabilitação geral dos outros apoios, a protecção do leito em torno dos pilares, o encamisamento dos embasamentos dos pilares e a consolidação dos encontros com injecção de calda de cimento. Esta ponte data de 1890.

A intervenção na Ponte General Teófilo Trindade com um tabuleiro com vigas metálicas tipo Pratt, obra datada de 1930, integrou-se no plano geral de manutenção das pontes das Estradas de Portugal. A intervenção, para além da reabilitação geral e pintura, incluiu o reforço dos montantes dos 2º e 3º montantes. Atendendo à reduzida largura do tabuleiro e à necessidade de repavimentação e substituição das juntas de dilatação foi necessário cortar o tráfego na ponte durante alguns dias, o que justificou a realização de um atravessamento provisório do Rio Sorraia junto a Coruche com um tabuleiro simplesmente apoiado com 51m de vão realizado pelo Exército Português.

A intervenção na ponte rodoviária da Raposa sobre a ribeira de Muge teve como objectivo reforçar a estrutura para as sobrecargas rodoviárias actuais, o que foi concretizado com o reforço de alguns dos perfis metálicos. Foi ainda reforçado o pilar (com apoios fixos na ligação ao tabuleiro) com microestacas e reabilitada a estrutura, incluindo impermeabilização do tabuleiro, novas juntas e repavimentação. Esta ponte data de 1932.

A intervenção na ponte rodoviária de Santa Margarida do Sado teve como objectivo a reabilitação geral da estrutura, tendo-se reforçado alguns elementos da estrutura e das ligações entre elementos, para além da reabilitação geral da estrutura metálica, impermeabilização do tabuleiro, repavimentação, substituição das juntas de dilatação e reabilitação dos aparelhos de apoio. Esta ponte data de 1938.

A intervenção na Ponte da Praia sobre o Rio Tejo esteve associada à ocorrência do galgamento dos apoios fixos tendo o movimento do tabuleiro sido limitado pelo encosto no encontro, devido a uma frenagem de urgência. Para além da substituição desses apoios foi realizada a reabilitação de todos os aparelhos de apoio e realizado o encamisamento da base dos pilares e a protecção do leito do rio junto aos pilares P1 a P4. Esta ponte data de 1973, com excepção das fundações que haviam sido previstas quando da execução da anterior obra ferroviária. O reforço dos pilares P4 a P6 ainda não foi executado.

A intervenção na Ponte da Figueira da Foz esteve associada à verificação de um estado de deterioração da estrutura metálica da ponte. Para além da reabilitação geral da estrutura, procedeu-se à impermeabilização do tabuleiro e substituição do pavimento. Foi também reforçada a ligação do tabuleiro nos pilares de transição e foram reforçadas as travessas dos mastros em resultado da avaliação sísmica da ponte. Esta ponte data de 1978 tendo sido a primeira ponte atirantada realizada em Portugal.